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Não sou princesa, acordo descabelada.
Sou desastrada, não sei rir baixo e não respiro pra falar. Sou assim, sei lá... Mas de uma coisa eu tenho certeza: SOU ABENÇOADA!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Meio dia sem você. Mil maneiras de me trazer de volta, me recompôr, me acalmar, mas não tenho vontade e nem coragem para afastar sua presença. Talvez eu precisasse, desde sempre, saber quais das suas confissões eram realmente verdadeiras. Talvez eu devesse me manter a alguns quilômetros de distância dessa sua forma esculpida e teatral de enfeitar o amor. Talvez eu tivesse que me resgatar do seu cárcere, libertar nosso abraço, refazer meus passos em outra direção. Porque eu sei que sabor eu tenho para você. Eu sei que, quando você me olha profundamente, encontra as folhas secas parecidas com as que caem em seu quintal. Não posso esconder a destruição das minhas ousadias. Faz tempo que eu não me imponho. Faz tempo que estou ao seu dispor porque não tenho forças para lutar contra a sua beleza. Mas agora, sem saber se isso é você ou só a imagem que tenta me passar, eu tenho vontade de dizer qual mensagem subliminar estaria escondida em seu sorriso, qual carta você seria em meu baralho, qual cor acompanharia a sua refeição. Tenho vontade de falar que estou dando adeus, que quanto mais você se enaltece, mais eu preciso ir embora. E se, para você, eu tenho gosto de outono falido, para mim, você tem gosto de despedida. É certo que vou conseguir passar outras horas do relógio sem você. Vou conseguir. Espero minha solidão como quem espera o sertão virar mar. Queria ser ausente de você. Sozinha ao lado de qualquer outra pessoa que não seja tão maior e tão mais esperto que eu.

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